Doidivana

blog da escritora Ivana Arruda Leite

SÁNDOR MÁRAI

12 comentários

Onde eu estava com a cabeça que não conhecia esse autor?
Estou lendo seu romance De verdade. Simplesmente ma-ra-vi-lho-so!!! Romanção dos bons. O livro tem 445 páginas. Na página 35 eu parei e pensei: se eu parasse aqui, teria lido um dos melhores livros da minha vida. E eu ainda tenho 410 páginas pela frente!!!
O cara sabe TUDO de homem, mulher, relação, vida, segredos, mistérios e coisas indizíveis. E fala disso tudo numa narrativa clara, simples, profunda, quente e tocante como a literatura deve ser.
Uma pesquisinha básica na internet (mais as informações da orelha) me diz que ele nasceu em 1900 em Kassa (Eslováquia) e foi muito popular na Hungria nos anos 30-40. Em 1948 se auto-exilou fugindo tanto do nazismo, que combatera, como da ditadura comunista, que criticava ferozmente. Por conta disso, foi repudiado por boa parte dos críticos europeus, que diziam que sua obra sofria de “delicadas inspirações pequeno-burguesas”. Em 1984, mudou-se para a Califórnia onde viveu até se suicidar com um tiro na cabeça, em 1989.
Livros publicados no Brasil: As brasas, O legado de Eszter, Rebeldes, Confissões de um burguês, De verdade, entre outros.
Imperdível.
Já entrou para a minha lista dos cinco melhores de todos os tempos.

Autor: Doidivana

escritora de forno e fogão

12 thoughts on “SÁNDOR MÁRAI

  1. Estou entendendo perfeitamente quando diz: “Na página 35 eu parei e pensei: se eu parasse aqui, teria lido um dos melhores livros da minha vida. E eu ainda tenho 410 páginas pela frente!!!”
    Estou na 43 e já percebi que vou ter que me policiar, para não entrar madrugada afora, ou após o término do almoço, lendo.

  2. 1. Fui apresentada à obra de Sándor Márai pela leitura de VEREDICTO EM CANUDOS, a curiosidade espetou-me assim que vi um húngaro, que nunca veio ao brasil, mencionar que escreveu por um impulso irrefreável de dizer algo não dito sobre a catástrofe de Canudos; num passe impensado vi-me com AS BRASAS em mãos, leitura ansiosa e apaixonada foi a minha, reconhece-se de pronto uma genialidade liberando e libertando(talvez[?]) seu talento, AS BRASAS é comoção, impasse, delírio, espera, tremor e catarse – veramente belo!; quando um autor se torna significativo às nossas necessidades literárias dificilmente distanciamo-nos antes de sovermos mais sabores na imaginação; logo transitei pelo DIVÓRCIO EM BUDA, cuja escrita manteve comigo um contato mediano, não daqueles a causar alvoroço em todos os sentidos; mas, em ascensão desmedida, meu amor deu-me a relíquia de 400 páginas(um pouquinho mais), quatro narradores, escrita primorosa e inovadora, que constitui a obra DE VERDADE.
    O nome de Sándor Márai tem me perturbado, como aqueles talentos com os quais nos deparamos e não conseguimos seguir antes de dar o real valor que ele tem e merece, e regozijarmo-nos com tal enlace, igualmente.

  3. Acabei de ler “Confissões de um burguês” e babei. É maravilhoso.
    Beijão

  4. Sem dúvida. Marái é um dos melhores escritores de todos os tempos. Ler “As brasas” foi uma das melhores experiências que já tive na vida. “De verdade” também é um grande romance, embora minha leitura tenha tropeçado em problemas de tradução. Aliás, este é o grande problema nas minhas leituras de literatura estrangeira. Continuo esperançosa que as editoras prestem atenção nisso.
    Minha lista, Ivana, muda muito. Como tudo na vida. Concordo com Machado. Nos contos, Machado e Tchekov. Um dos últimos livros que li e considero um dos melhores foi “Dois irmãos” do Miltom Hatoum. Na poesia, hoje e sempre, Marly de Oliveira. Um grande abraço. Telma.

  5. li as brasas, depois Divórcio em Buda e agora estou acabando De verdade.
    Todos excelentes. Compartilho da opinião que no início do livro a gente já se sente lendo um dos melhores livros que já leu na vida. Mas As brasas é tão bom quanto.

  6. Tomei conhecimento do livro, através do Programa SAIA JUSTA, pedi de presente p/o dia das mães. E realmente é um senhor presente. O livro é simplesmente maravilhoso, as vezes é como se vc estivesse lendo sua própria escrita.
    Imperdível.

  7. Tem tb o Divórcio em Buda, que terminei de ler : excelente !! Já comprei As Brasas , mas não li ainda.

  8. Ivana, querida, não deixe de ler “As brasas”

  9. Leia “Confissoes de um Burgues” dele, é otimo.

  10. Ivana, eu gostei muito de “As Brasas”. De suspender a respiração. Lindo.
    Acho que você vai gostar.

  11. Machado de Assis, Julio Cortazar, Amós Oz, Sándor Márai e a quinta vaga é rotativa: Alberto Moravia, Kafka, Alan Pauls, Philip Roth, Italo Calvino, etc etc etc

  12. E qual são os outros 4?

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